12 de outubro de 2015

Opinião do Bicho: Salve o jundu!

Ontem, 11/10/15, em São Sebastião, eu conheci um cara que literalmente mora no mato; Um homem de meia idade, que se apresentou como José e logo me foi contando que o jundu, vegetação nativa da Restinga, estava sendo trocada por mangueiras e outras árvores que estavam sendo introduzidas pelas pessoas. Lembrei-me então da placa que havia visto, cruzando a praia, "Salve o Jundu" - José foi quem a fez.
E então, após uma meia hora de conversa, tive que partir. Mas aquele pouco tempo que passei com José me fez refletir muito.
O cara está lutando para preservar a região, recolhe todo lixo que encontra por ali, sobrevive graças ao mangue, e não tem o apoio de ninguém! - Pelo contrário, legalmente ele não poderia estar ali. Quem sabe a próxima vez que voltar por aqueles lados, eu não encontre mais, nem José, nem o jundu.
E por fim, saí de lá com uma certeza: José é um homem que sabe que depende da Natureza porque vive nela. Seu artesanato, qualidade de vida, alimento, saúde, todos dependem dela. - e por isso, ele sabe como é importante a sua preservação.
Porém, já que nós não estamos mais no meio do mato assim como ele, muitos esquecemos que também dependemos dela. - É aí que entra a importância de levar a Natureza às pessoas, levar o conhecimento, informações, curiosidades... Educação Ambiental.
Então, por fim, deixo meu agradecimento por mais essa lição que me foi dada, por ele e pela vida; E deixo em registro o artesanato de José, que pediu para não sair na foto porque não queria ir parar na internet... E finalizo, como ele me pediu:
José Nego, o artesão anônimo
Salve o jundu!

23 de agosto de 2015

Costão rochoso e o tiê-sangue

Um dia maravilhoso no Guarujá... Aproveitei para gravar algumas coisas e deu nisso!

O Costão Rochoso é um ecossistema fascinante; Nele reinam algas e pequenos invertebrados, além da intensidade das ondas e do contraste das marés... Pudemos flagrar um pequeno caranguejo procurando alimento na areia.

O Tiê-sangue (Ramphocelus bresilius) é uma ave muito comum no litoral paulista, tanto é que é considerada um símbolo da Mata Atlântica. Consegui registros de fêmeas e machos, que por sinal são muito diferentes entre si, caracterizando um bom exemplo de dimorfismo sexual!



*CURIOSIDADE*
Pode-se citar o fato de que o cultivo da banana no Sudeste ajudou muito a manutenção da população de tiês-sangue (e de outras aves também) pois fornece uma fonte de alimento garantido.

4 de agosto de 2015

A Saga dos Porquinhos Albinos

Acompanhe nessa série de vídeos como cuidar de um porquinho-da-Índia filhote até ele se tornar um adulto grande e saudável!


#ASagaDosPorquinhosAlbinos


23 de abril de 2015

COBRA D'ÁGUA (Erythrolamprus miliaris)

A cobra d'água ou cobra-lisa (ex-Liophis miliaris, agora Erythrolamprus miliaris) é uma serpente da família Colubridae muito encontrada em regiões alagadas, desde represas na cidade a manguezais no litoral.

É uma cobra de dentição áglifa, ou seja, seus dentes são maciços, voltados para trás, e não possuem canais de veneno. Especialista em se alimentar de peixes, pequenos anfíbios e lagartos, pode vir a incluir pequenos roedores em sua dieta, principalmente porque estes estão cada vez em maior número onde há lixo ):

Esse encontro serviu para mostrar a força da Natureza perante o impacto humano, visto que a área onde a cobrinha foi encontrada é extremamente poluída. Além de linda e inofensiva para o ser humano, a cobra d'água ainda auxilia no controle dos roedores.

Agradecimentos ao meu amigo e ex-colega de trabalho 
Biólogo Diego Sanchez, que me acompanhou nessa mini-aventura: 

12 de abril de 2015

PEIXE-FOLHA DA AMAZÔNIA (Monocirrhus polyacanthus)

O peixe-folha amazônico, Monocirrhus polyacanthus, é uma das espécieis mais fascinantes que encontramos no Brasil. Ocorre na nossa bacia Amazônica e em outros rios sulamericanos, sendo também encontrado em países como Peru, Bolívia, Colômbia e Venezuela. 



Com uma boca enorme, é um peixe muito voraz! - Em cativeiro, dificilmente se adapta a outra alimentação que não seja a viva.


Passa o dia com a cabeça voltada para baixo, assemelhando-se muito à uma folha morta boiando na água. Para caçar, locomove-se com suas nadadeiras transparentes, movendo-se lentamente até chegar próximo da presa, para que consiga sugá-la para dentro. (No vídeo, o ataque é mais rápido porque já estão acostumados!)




Em aquário, não gosta de muita iluminação e nem de muito movimento na água; prefere passar o dia escondido entre galhos e folhas. Um peixe que se finge de folha a vida inteira, pode mudar de cor e ainda é encontrado na nossa querida Amazônia. Sensacional!!!

4 de fevereiro de 2015

As PERERECAS invasoras do Brooklin! (Eleutherodactylus johnstonii)

As pererecas da espécie Eleutherodactylus johnstonei são conhecidas por seus 'assovios', que na verdade são chamados dos machos para atrair as fêmeas para acasalar. 
Recentemente, elas foram estrelas da mídia, por terem invadido um bairro na zona sul de São Paulo. Jornais, notícias na internet e até programas de TV levaram ao ar o caso desses barulhentos anfíbios, que invadiram o Brooklin.

Depois de descobrir a localização tão próxima, não pude deixar de ir conferir pessoalmente e tirar minhas conclusões sobre o caso! 

Sabemos que essas pererecas são nativas do Caribe. - Então como chegaram aqui?!

E agora, como controlá-las? Elas causam algum dano?

Com a ajuda do Caio, que me recebeu em sua casa e me ensinou a 'catar perereca', eu consegui responder melhor essas perguntas, encarando o desafio de capturar alguns destes animais e mostrá-los na lente da câmera do Bicho Paulistano! 

Assista o vídeo e entenda melhor o caso das pererecas invasoras do Brooklin!!!



3 de janeiro de 2015

ARARA-CANINDÉ (Ara ararauna)

A arara-canindé, também conhecida como arara brasileira, é uma conhecida ave da família dos psitacídeos.

Por sua inteligência e capacidade de fala, além de sua beleza, é muito procurada como animal de estimação. - O que infelizmente é quase um sinônimo para dizer que está ameaçada pelo tráfico de animais.

Conheça a simpática arara-canindé - e diga não ao tráfico de animais silvestres.