(Fonte:www.r7.com/sao-paulo/sacolas-plasticas-em-supermercados-voltarao-a-ser-proibidas-em-sao-paulo-07102014)
Todos sabem que as sacolinhas causam danos irreparáveis ao Meio Ambiente, mas poucos realmente se importam. Uma sacolinha leva mais de 100 anos para se decompor na Natureza, o plástico da qual é feita é extremamente tóxico, contaminando inclusive a comida que vem parar no nosso prato, e um grande inimigo da vida marinha, levando a morte de vários tipos de animais que se alimentam dele pensando ser comida. A primeiro modo, a decisão de proibir o uso das sacolinhas plásticas é uma maneira de obrigar o consumidor a se tornar um pouco mais sustentável, utilizando sacolas e caixas reutilizáveis/recicláveis para levar suas compras... E teoricamente, a ideia é linda! - Porém, da primeira vez que a ideia foi de fato implantada, teve uma rejeição enorme por parte do paulistano. Um dos motivos, é que os mercados passaram a cobrar pelas sacolinhas, e cobrar MUITO pelas sacolas retornáveis.
Para mim, isso só prova uma coisa: O paulistano em geral (e poderia dizer eu, o brasileiro em geral), não está pronto para abrir mão de simples atitudes pela sustentabilidade. Tenho visto que é muito comum, e muito incômodo, não poder usar as sacolinhas por sua praticidade; Muita gente que inclusive tem a sacola retornável acaba esquecendo a mesma em casa, pois ainda não criou o hábito, não faz parte de sua cultura... A sacolinha, por sua vez, sempre fez. A maneira de introduzir esse novo conceito não é um acordo, é uma obrigação - E pega no órgão que mais dói e incomoda o ser humano: O bolso.
Não se pode esperar que uma atitude que foi vista durante anos como normal e cotidiana seja substituída assim, do nada. Parece uma boa ideia, e de fato é, mas não da maneira que foi implementada da primeira vez, subitamente. Em um dia, podia; No outro, não. Foi praticamente isso. Podemos dizer que foi uma experiência, e que deu errado - mas não totalmente. Desta vez, os consumidores já estarão mais preparados, e espero que a mudança tenha maior aceitação, perdendo assim essa fama (embora merecida, devido às circunstâncias da primeira tentativa) de ameaça, de imposição - e seja vista como uma mudança que, no começo, precisará de uma certa adaptação, mas que irá trazer melhorias para a qualidade de vida de todos, sem exceção, afinal, o planeta é de todos, humanos ou não.
O que me deixa triste nisso tudo, é saber que essa ideia poderia ter surgido há anos, fazendo com que o uso das sacolinhas não fosse visto como algo normal, mas sim como algo a ser evitado. Entretanto, se de fato foi uma experiência falha, que possa servir de exemplo para outros planos de crescimento sustentável, e desde já, motivar a implantação de novas ideias que necessitem de um tempo para amadurecer, e principalmente não ter que relacionar o ato de ajudar o Meio Ambiente com uma incomodidade tão grande quanto pareceu dessa vez.
08/10/2014
Thomaz E. F. Girotto, Bicho Paulistano
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